Sombra humanoide

Sombra humanoide

Desde pequeno, sempre tive o sono leve. Qualquer barulho, por menor que fosse, me despertava no meio da noite. Mas naquela madrugada em particular, não foi um som que me acordou. Foi um pressentimento, um arrepio gelado percorrendo minha espinha.

Abri os olhos lentamente, enquanto a luz fraca da lua entrava pela janela, projetando sombras na parede. E foi então que vi uma figura humanoide, alta e esguia, caminhava lentamente ao longo da parede, como se estivesse se esgueirando para não fazer barulho, pois seus movimentos eram calculados.

Fechei os olhos com força, esperando que fosse apenas um sonho, uma ilusão, mas quando os abri novamente, a figura ainda estava lá. E pior, havia parado. Agora, parecia estar me observando.

Senti até um calafrio percorrer minha pele. Eu quis gritar, mas o medo me paralisou. Tudo que pude fazer foi puxar o lençol até o queixo e torcer para que aquilo fosse embora.

Os segundos pareceram eternos. Então, a sombra se moveu novamente, deslizando para longe, desaparecendo na escuridão do quarto. O silêncio voltou, mas eu sabia que não estava mais sozinho.

Passei o resto da noite acordado, esperando a luz da manhã. Mas mesmo com o sol brilhando, a sensação de que algo me observava não desapareceu. E desde então, sempre que a noite cai, eu evito olhar para as sombras na parede.

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